Tenho alguns vocábulos que nunca encontro. Palavras corriqueiras e poucas, sempre as mesmas, porém.
Não pode! pensa o leitor. Pode, sim, responde meu célebro, como diz minha filhinha e dizia eu infante. Algum cluster deve estar danificado, e o sistema não consegue reparar o dano. Ou a palavra não foi salva direito, logo de início, sem eu perceber. Deixa ver: são as palavras... as palavras .... Não em jeito! Também! Com o cluster “quebrado”!
Chatice! Fosse ao menos pro inglês, onde tenho recursos digitais. Mas alemão <> português. Nada! Que preguiça de procurar o gordinho em papel! Folhar e folhear e foliar ‑ que nem outono boreal. Deve haver outro jeito!
Descanso o queixo na palma, no punho, nalguns dedos dobrados. Fito a tela. Descubro o chiclete. O punho se abre, abre o chiclete, o chiclete faz a boca abrir. Calma, calma! Também esse exercício físico não abre a gaveta certa na estante certa no corredor certo no setor certo do departamento certo. Lá no alto. Lá dentro.
Tu sempre sabia! Tantas vezes encontraste. É a mesma palavrinha.... Será possível? Será?
Espiada de soslaio ‑ lá está o gordinho. Puxa! Porque não te abres sozinho e pulas na tela, como outros fazem, sabidinho? Tirar as mãos das teclas é como dar uma parada em carro a 80. Tu sabes. A gente para quando chega.
Deixa! Vamos dar mais meio minuto de chance para o andar de cima ‑ não é possível!
Nada. Nada feito!
Tá bem, não tenho mais tempo para perder! Ganhaste, Langenscheid. Mas não me prega a mesma peça de sempre! - Silêncio. Nem liga.
Lanço minha mão à sua direção. O toque. A iluminação! Está aí a palavra! Palavra que nem estava na ponta da língua. É brincadeira (do dicionário)!
Às vezes não basta o toque para o efeito, é verdade. É preciso folhar, encontrar alguma palavra que inicie com a respectiva letra ‑ e cá está essa palavrinha boa no esconde-esconde!
Um braço, uma mão, um toque em capa e papel – uma ponte, um curto-circuito, uma luz, uma solução (já conhecida)!
Hipóteses? Claro. Mas sobre fatos.
Ah! O toque teve seu efeito: são as palavras: sobrinho, ciúme - e mais algumas. Corriqueiras que só. Não disse?
Crônica agraciada com menção honrosa no XIII Concurso Literário da ALPAS.
Não pode! pensa o leitor. Pode, sim, responde meu célebro, como diz minha filhinha e dizia eu infante. Algum cluster deve estar danificado, e o sistema não consegue reparar o dano. Ou a palavra não foi salva direito, logo de início, sem eu perceber. Deixa ver: são as palavras... as palavras .... Não em jeito! Também! Com o cluster “quebrado”!
Chatice! Fosse ao menos pro inglês, onde tenho recursos digitais. Mas alemão <> português. Nada! Que preguiça de procurar o gordinho em papel! Folhar e folhear e foliar ‑ que nem outono boreal. Deve haver outro jeito!
Descanso o queixo na palma, no punho, nalguns dedos dobrados. Fito a tela. Descubro o chiclete. O punho se abre, abre o chiclete, o chiclete faz a boca abrir. Calma, calma! Também esse exercício físico não abre a gaveta certa na estante certa no corredor certo no setor certo do departamento certo. Lá no alto. Lá dentro.
Tu sempre sabia! Tantas vezes encontraste. É a mesma palavrinha.... Será possível? Será?
Espiada de soslaio ‑ lá está o gordinho. Puxa! Porque não te abres sozinho e pulas na tela, como outros fazem, sabidinho? Tirar as mãos das teclas é como dar uma parada em carro a 80. Tu sabes. A gente para quando chega.
Deixa! Vamos dar mais meio minuto de chance para o andar de cima ‑ não é possível!
Nada. Nada feito!
Tá bem, não tenho mais tempo para perder! Ganhaste, Langenscheid. Mas não me prega a mesma peça de sempre! - Silêncio. Nem liga.
Lanço minha mão à sua direção. O toque. A iluminação! Está aí a palavra! Palavra que nem estava na ponta da língua. É brincadeira (do dicionário)!
Às vezes não basta o toque para o efeito, é verdade. É preciso folhar, encontrar alguma palavra que inicie com a respectiva letra ‑ e cá está essa palavrinha boa no esconde-esconde!
Um braço, uma mão, um toque em capa e papel – uma ponte, um curto-circuito, uma luz, uma solução (já conhecida)!
Hipóteses? Claro. Mas sobre fatos.
Ah! O toque teve seu efeito: são as palavras: sobrinho, ciúme - e mais algumas. Corriqueiras que só. Não disse?
Crônica agraciada com menção honrosa no XIII Concurso Literário da ALPAS.
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