Segunda-feira: “Manhê, posso ir pro pai?” “Sabe queprecisafazer os temas e arrumar o quarto! Vai, vai!”
Terça-feira: “Manhê, posso ir pro pai?” “Sabe queprecisacuidar do cachorro e do filhote, além dos temas!”
Quarta-feira: “Manhê, posso ir pro pai?” “Sabe que tem os temasprafazer e que às 17 horas tem cabeleireiro.”
Quinta-feira: “Manhê, posso ir pro pai?” “Tem o quartoprafazer, to dizendo há dias; e os temas. Amanhã tem prova de inglês.” “O pai sabe inglês, tunão, mãe”.
Sexta-feira: “Manhê, posso ir pro pai?” “Hojenão, teuquartoaindanão está arrumado! Faz diasque estou dizendo!” “Maseu vou, já volto, tá? Teamo!”
Sábado: “Manhê, posso ir pro pai?” “Tá, maste lembra que tem quetomarbanhoantes do aniversário da Júlia”.
Domingo: “Manhê, posso ir pro pai?” “Sabe queaindanão arrumou seuquarto, não?” “Sei, massóum pouquinho! Prometo.”
Depois de domingo segue a segunda-feira…
Não generalizemos, diz-se hoje. Cadacaso é umcaso. Cadapessoa é uma só.
Nesses modernos dias comemorativos a abundarano a ano, essas supostas verdades sucumbem à tradição, amoderna pordefinição.
Todas numa sóaura. Até os homens sucumbem, cegam nessa. Ou calam mediante o maremotopublicitário e coronário.
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