é umchavão, porquetudo e todos estão globalizados. Comparemos brevemente o tradutor de 15 anosatráscom o de hoje.
Quando, em 1994, comecei a trabalhar na universidade, eu contava comumcomputador e uma intranet. Umprecáriosistema de mails começava a funcionar. Na bibliotecauniversitária havia umacervobeminferior a cemmilexemplares de livros, dentreelesalgunspoucosdicionáriospadrão. 14 anosdepois, meucomputador tem acesso a dezenas de idiomas do mundo e a zilhões de sites e documentos. E a dicionários online, alimentados peloprópriousuário. ‑ E a biblioteca é a mesma, grossomodo. Ouaté encolheu.
Em1987, aUnião Européia se convenceu da conveniência do intercâmbioentresuasnações. Criou o programa Erasmus, peloqualhojemuitomais de ummilhão de estudantesuniversitários estagiam anualmente no estrangeiro. Entreeles, certamente os futuros tradutores. Também os EUA investem no intercâmbio de seusestudantes. Os estudantesasiáticos, particularmente os chineses, estão fortementepresentes nas universidades européias e americanas. Mesmo o Brasil, jovem de 508 anos, está despertando.
Nuncaantes houve númerostãoexpressivos de intercâmbio multicultural. Havia o fluxo à metrópole de cadaera. Se, antes, bilingüismo e biculturalismo forafelizconstituinte de tradutores, estessãohoje provocados, intencionais, conscientes, mais realizáveis e fáceis. Ou seja, o queantesforaacaso, hoje é intencional, porémidêntico: conhecer a outraculturaparafacultar a comunicação, o intercâmbio. Os Agenores mineiros, hinterlandeses e mirabolantes, sãohojeespécienãorara, masextinta.
O que significa isso na prática traducional? Que as coisasnos ficaram mais fáceis. Querdizer: hojeum tradutor consegue resolverproblemas, solucionardúvidasqueontemnão teria conseguido solucionarcom o seuconhecimentoatual. Ontemeraprecisosermaiscraquepararesolver as questõesquehoje se resolve semsergêniouniversal. Nãoapenas no conhecimentoprivativo acumulado. Também na capacidade da pesquisabibliotecária. Procurar na internet é maisfácil do queprocurar na biblioteca. Encontrar na internet é maisfácil do queencontrar uma biblioteca de qualidade, eventualmente a centenas de quilômetros.
Ou, numa afirmação bempessoal: muitas vezesme pergunto como teria eu conseguido traduzir o quehoje traduzo. E a resposta é umsilêncioglobal.
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