19 de abril de 2010

Recaída no medieval em Ijuí


   
     Repentinamente, do último inverno para cá, Ijuí me passa uma nova sensação de vida. A sensação de uma vida sob ameaça. Não aquela ameaça de chumbo perdido ou bem acertado das ruas do Rio brasileiro, mas das picadas certeiras de mosquitos mil no tornozelo ou noutra veia à flor da pele.
    E, mal passado por essa moléstia tropical e subtropical, já me exigem a decisão sobre dispendiosa vacina contra a gripe suína. Em função do preço penso três vezes. Assegurada a vacina da filha, no entanto, decido pelo sim, sem considerar cifras. Na impensável hipótese em que estou pensando, a cifra seria perpétua para os sobreviventes (glup).
    Nunca em meus 15 anos de Ijuí e recentes 20 anos de Brasil a natureza ou parte dela, que não são onças senão vírus, assediou-me tanto que impregnou meu dia-a-dia e noite-a-noite. Cremes me protegem quando não esquecidos. Uma recaída seria pior, alertam sobre a dengue. Logo mais, no frio às portas, será o álcool-gel o protetor e bem-estar das farmácias.
   Em 1882, há uns 140 anos, o médico alemão Robert Koch descobrira microorganismos patogênicos. Desde então muito se fez para se escapar de tais moléstias. 140 anos depois, Ijuí vacilou e tomou.
   Voltemos à altura dos tempos.

Nenhum comentário: