28 de julho de 2010

Irlanda mundial

    As irlandesas ilhas Blasket estão desabitadas há 50 anos. Desabitadas de homens e crianças, e de mulheres. Apenas Sue Redican, de Wales, vive hoje - da primavera ao outono - na maior e mais distante destas ilhas.
     É ela, à procura da tranqüilidade, que afirma (http://www.spiegel.de/reise/europa/0,1518,706455,00.html) que a ilha foi evacuada em 1953 - ano de meu nascimento - “particularmente porque as mulheres já não casavam para cá porque no continente havia melhores condições de vida”.
     A afirmação ligou-se, em mim, à observação de um pesquisador doutor de origem rural que afirma que nas pequenas propriedades rurais do noroeste do Estado do Rio Grande do Sul as jovens já não ligam para a propriedade de seus pais, pequenos agricultores. Aliás, sequer a conhecem.
    Na Alemanha, os filhos de agricultores que permanecem no campo já não encontram com quem casar. Faltam mulheres no campo, e das urbes elas não vêm.
      Na China, proibidos de não ter mais que um filho, casais matam bebês femininos.
     Joguemos agora neste meio os termos emancipação, trabalho, igualdade, multinacional e outros chavões modernos. Em vez de jogá-los no liquidificador  ideológico, contudo, destrinchemo-los para não produzir populismo.

Pai de três amadas filhas. Quem são elas, essas seres?

Nenhum comentário: